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segunda-feira, 19 de fevereiro de 2018

DE QUEM É A CULPA DO AUMENTO DAS PASSAGENS?







Como de praxe, sempre procuram um culpado para aumento de algo, mas, de quem é a culpa?

Nesse domingo, 18/02/2018, mais um aumento das passagens das Cidades do Entorno. E de quem é a culpa? É óbvio que alguns protestos relacionado ao aumento deixam bem clara a insatisfação da sociedade com tais aumentos, e principalmente o aumento do custo de vida de uma população tão sofrida. Bem, devemos levar em conta de que tais aumentos não se resumem apenas à passagem de ônibus, como também alimentação, combustíveis, aluguéis, escola, lazer, entre outros, subiram muito acima da média divulgada pelo IPCA.

Sendo assim, de quem é a culpa desse aumento? Se vocês leram o post anterior (http://www.willianidelfonso.com.br/2018/02/como-o-dinheiro-perde-seu-valor.html) não terão dúvidas. A culpa desse aumento é da inflação, que cresce à medida em que o Governo tenta esconder e financiar os déficits da sua gestão via impressão de moeda. O que na prática se torna uma imposto, o famigerado imposto inflacionário.

Não que eu esteja protegendo, mas a primeira reação de um aumento de preços é culpar a ganância dos empresários, e depois, a conivência das autoridades públicas com esses, denominados, aumentos abusivos. Mas alguns dados devem ser suscitados: O aumento do diesel em 28%, aumento, mesmo que mínimo, do salário mínimo, aumentando em 20% o salários dos funcionários, e o aumento das passagens foi de 5,36%. De acordo com a ANTT, este reajuste é anual e leva em consideração vários fatores, como o preço do combustível e o gasto com funcionários. Logo, não há uma constatação de aumento abusivo. De quem é a culpa?

Culpados somos nós eleitores que fingimos não saber votar. Vejamos: Nenhum político chegou lá por meio de indicação ou "golpe". Todos foram inseridos pelo nosso voto e, sobretudo, pela força do poder econômico no processo eleitoral.

É este "poder" que faz a cabeça dos eleitores. Em época de eleições, capricha na maquiagem sem revelar o rosto. Enche de demagogia, promete o que não será cumprido. E até dá a muitos eleitores um “cala-boca” para, em troca de uma cesta básica, uma telha, um saco de cimento ou uma promessa de emprego, obter o voto em favor do candidato.

Nós, eleitores, somos os culpados de toda a safadeza e a corrupção que assolam a política brasileira. Nós escolhemos quem faz as leis e governa o país. Não adianta declarar “mas eu não votei em fulano” ou “votei no candidato derrotado”.

A questão é, até quando se conseguirá imputar a culpa nos outros. Pois, felizmente, todos perceberão que não adianta protestar contra o aumento das passagens, do combustível, do gás, do supermercado, da cerveja, do aluguel, sem que a conta caia no verdadeiro culpado.